Santander Brasil melhora rentabilidade e lucro sobe acima do esperado pelo mercado

Bloomberg Línea — O Santander Brasil (SANB11) reportou nesta terça-feira (29) um lucro líquido de R$ 3,664 bilhões no terceiro trimestre, acima do esperado pelo mercado segundo a Bloomberg (R$ 3,458 bilhões GAAP). O resultado representa um crescimento de 10% em três meses e de 34,3% em 12 meses.

A rentabilidade medida pelo ROAE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio) alcançou 17% no período, uma melhora de 1,5 ponto percentual no comparativo trimestral e de 3,9 pontos na base anual.

O Santander Brasil foi o primeiro dos grandes bancos brasileiros a reportar o resultado. Na quinta-feira (31), será a vez do Bradesco (BBDC4), seguido pelo Itaú Unibanco (ITUB4) em 4 de novembro.

“Mantivemos nossa contínua evolução em direção à retomada de níveis mais elevados de rentabilidade. A margem financeira apresentou evolução pautada pela estratégia de crescimento qualificado e seletivo direcionando os esforços para ativos de melhor retorno sobre capital”, apontou o Santander no informe de resultados.

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A margem financeira cresceu 15,8% em 12 meses, graças ao aumento tanto em margem com clientes (+8% no ano), beneficiada por maiores volumes e mix de produtos, quanto em margem com o mercado, resultado de Tesouraria.

As comissões aumentaram 13,3% no ano e 2,9% no trimestre, com destaque para cartões e seguros. No ano, a carteira de crédito ampliada avançou 6,1%.

“As comissões mantêm trajetória positiva refletindo uma maior diversificação de nossas fontes de receitas. Mantivemos uma boa qualidade do nosso portfólio de crédito, o que reforça uma trajetória positiva para 2024, com índices de inadimplência controlados”, disse o banco.

Avanço em cartões e alta da inadimplência

As receitas do Santander Brasil com cartões atingiram R$ 1,31 bilhão entre julho e setembro, com avanço de 3,2% no trimestre, graças ao crescimento de 2,7% no faturamento de crédito. Na comparação trimestral, houve um aumento de 14,4% nas receitas.

Por outro lado, o índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,2% em setembro, uma alta de 0,1 ponto percentual no trimestre e de 0,2 ponto percentual na base anual, especialmente por causa do segmento de pessoa jurídica, que subiu 0,1 ponto e 0,4 ponto, respectivamente.

Em pessoa física, o índice se manteve estável tanto na base anual como trimestral.

Os índices de inadimplência de prazos mais curtos, de 15 a 90 dias, ficaram em 3,6% no trimestre encerrado em setembro, praticamente estáveis na base trimestral e com queda de 0,5 ponto percentual no comparativo do ano, graças à melhora tanto em pessoa física quanto pessoa jurídica.

“Nossos indicadores de qualidade de crédito permanecem controlados”, disse o CFO do banco, Gustavo Alejo.

As despesas com provisões no terceiro trimestre cresceram 2,5% em três meses e 4,8% no ano, principalmente em razão da expansão das carteiras do segmento de varejo.

A carteira ampliada de crédito atingiu R$ 663,5 bilhões: houve queda de 0,3% no comparativo trimestral e alta de 6,1% na base anual. O banco informou que o avanço da carteira prioriza negócios considerados estratégicos.

As units do Santander Brasil acumulam queda de 10,62% no ano, ante um Ibovespa negativo de 2,22% no período.

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Por www.bloomberglinea.com.br

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